"Nada se cria, tudo se"...



Bazinga!

Uma boa maneira de entender melhor algo novo é utilizar engenharia reversa, olhar o que os outros fazem para fazer igual mas diferente, ou melhor... Afinal, já dizia Lavoisier: “Nada se cria, tudo se copia”... não, pera, quem dizia isso era o Abelardo Barbosa (Dá uma googlada, caso você seja muito novo para saber quem é).

O bizu é dar uma olhada no que já foi feito pelos outros, sempre analisando criticamente o que estamos observando e pinçar as propriedades que mais se aplicam à solução do nosso problema.

Então vamos dar uma olhada no Painel Estatístico de Pessoal, com os números do Poder Executivo Federal, mantido pelo Ministério da Economia, Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MEPDG). O acesso é simples e disponível para qualquer pessoa.



Logo na página inicial temos alguma coisa que se parece com um Dashboard, mas de fato pode ser considerado um? Conceitualmente, Dashboard é um painel visual onde está presente um conjunto de informações, quase sempre em uma única tela, podendo dispor também de dados específicos de forma dinâmica. Então, sim, Padawan, estamos diante de um Dashboard.


Uma característica forte nesse Dashboard é a transparência, que nesse caso tem como objetivo possibilitar ao cidadão o acompanhamento dos dados do Governo. No âmbito de uma organização empresarial, essa transparência pode ampliar o engajamento dos diversos colaboradores da empresa, em um processo de gestão à vista.

Para aprofundar nossa análise, vamos olhar mais de perto as Despesas com Pessoal...
Outro aspecto importante é enquadrar o Dashboard na categoria adequada, de que tipo é o painel que estamos observando: operacional, tático ou estratégico? Bem, o que temos são informações macros, dados financeiros ao longo de períodos de tempo, com alguma divisão em subdivisão por áreas... então, creio que podemos classificar como um Dashboard Estratégico.


Os Dashboard são uma forma de apresentação visual das informações, logo alguns cuidados com interface devem estar sempre em mente...

Atenção com as cores... Evite cores vibrantes, estabeleça um padrão e estude um pouco sobre como as cores afetam os usuários. No nosso caso de estudo, temos cores claras, priorizando três cores básicas bastante uniformes, o conjunto traz conforto ao usuário para analisar o dados.

Não distraia o usuário com efeitos visuais... o painel do MPDG apresenta as informações em gráficos simples, bidimensionais com pouca variação de tipo, isso permite uma familiarização rápida com as informações, deixando o usuário focado no que interessa: a informação.

Prioridade e objetividade... o Dashboard tem que dispor o que é fundamental. Nosso painel exemplo está recheado de informações, mas usa objetos dinâmicos para manter o foco no grupo certo de informações de acordo com o interesse do usuário.


Comentários

  1. Quem é o publico alvo para este tipo de Dashboard? E porque a informação é aberta a todos e não restrita ao publico alvo?

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    1. O objetivo desse dashboard é exatamente "ampliar a transparência ativa e simplificar o acesso às informações estatísticas da área de Gestão de Pessoas do governo federal", servindo de apoio aos gestores públicos, cidadãos e imprensa. Portanto não há interesse em restringir o público alvo.
      Além de ser uma obrigação dos Governos, imposta pela Lei Complementar n.º 131/2009 (Lei da Transparência), faz parte de um conceito de "Gestão à Vista" (www.opservices.com.br/gestao-a-vista/).

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  2. Exemplo muito bom de um Dashboard.
    Neste exemplo encontramos formas gráficas e numéricas de apresentar a informação, e acho isso muito interessante, pois as formas gráficas agilizam no entendimento de qual elemento tem maior valor (gráfico de barras, por exemplo), no entanto, quando duas ou mais barras tem medidas aproximadas, fica mais difícil identificar qual é o maior ou se eles tem valores iguais, e em casos como este a apresentação numérica auxilia na correta interpretação da informação.

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    1. Isso mesmo! O dashboard deve ser apresentado em apenas uma página, diferente do relatório, as informações devem ser passadas de forma rápida, quase instantânea. Isso requer um cuidado ainda maior na clareza. Uma informação rápida, mas que deixe margem para interpretações equivocadas não é útil. Não podemos deixar margem para dúvidas ou interpretações ambíguas.

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